segunda-feira, 23 de junho de 2008


Alceu Wamosy (1895 – 1923)


Nasceu em Uruguaiana, faleceu em Santana do Livramento em conseqüência de um ferimento no combate de Poncho Verde, na revolução de 1923, lutando ao lado dos governistas. Foi jornalista de profissão e, como poeta, filiou-se ao Simbolismo, embora tenha sofrido influências parnasianas, em especial de Olavo Bilac.

Características literárias:

*Lirismo delicadamente sentimental, dolente e nostálgico;
*Inspiração simbolista, pela musicalidade, pela mensagem de beleza, amor e bondade;
*Vocabulário litúrgico.

Obras: Flâmulas (1913), Na Terra Virgem (1914), Corpo de Sonho (1923) e Poesias (1925).

Alceu Wamosy popularizou-se com o soneto “Duas Almas” (semelhante ao soneto “Nel mezzo del camin”, de Olavo Bilac).


Alguns poemas de Alceu Wamosy:

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Outros Simbolistas Brasileiros


O Retrato de Violette Reymann, 1909. Do pintor simbolista francês Odilon Redon.

No Rio Grande do Sul, o principal simbolista foi Eduardo Guimarães (A divina quimera, 1916). No Paraná, destacou-se Emiliano Perneta (Ilusão,1911). Na Bahia, surgiu a poética estranha de Pedro Kilkerry. Verdade que estes escritores ficam em segundo plano, diante da figura esplêndida de Cruz e Sousa, mas contribuem para a expansão de uma onda simbolista. Uma onda quase invisível, dado o domínio parnasiano e a posterior vitória modernista, e que só seria percebida nos livros iniciais de Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e Mário Quintana, todos com maior ou menor influência do Simbolismo.

Leia mais:

Eduardo Guimarães
Emiliano Perneta
Pedro Kilkerry

Sugestão de Leitura



Para toda a estética literária moderna, o Simbolismo trouxe insubstituível contribuição.
Este livro reúne poesias dos seguintes autores: Cruz e Sousa, Araújo Figueredo, Emiliano Perneta, Nestor Vítor, Mário Pederneiras, Dario Velozo, Alphonsus de Guimaraens, Pethion de Vilar, Severiano de Resende, Silveira Neto, Carlos Fernandes, Auta de Sousa, Pereira da Silva, Narciso Araújo, Saturnino de Meirelles, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Érico Curado, Durval de Morais, Da Costa e Silva, Pedro Kilkerry, Ernani Rosas, Eduardo Guimarães e Alceu Vamosy.

Título: Simbolismo
Coleção: Roteiro da Poesia Brasileira
Ano da edição: 2007
Editora: Global
Organizador: Lauro Junkes

O simbolismo brasileiro, Dostoéviski, o concretismo, Augusto Meyer, Antonio Candido e Roman Jakobson, entre outros temas e autores, são analizados com rigor técnico e conceitual pelo Prof. João Alexandre Barbosa. sse volume reúne seus trabalhos mais recentes, dando continuidade a uma operação crítica que, como diz Antoni Candido, é resultado de uma articulação exemplar da teoria e da prática analítica.

Título: A Leitura do intervalo - ensaio de críticas
Editora: Iluminuras
Ano: 1990
Autor: João Alexandre Barbosa

Destaques na Poesia Simbolista Brasileira


ALPHONSUS DE GUIMARAENS (1870-1921)

Nasceu em Ouro Preto, filho de um comerciante português e de uma sobrinha do escritor romântico, Bernardo Guimarães. Fez seus estudos preliminares na cidade natal e depois cursou Direito em São Paulo. Nutre intensa paixão platônica pela filha do autor de A escrava Isaura, Constança, que morreria de tuberculose antes dos dezoito anos e, para quem escreveria muitos de seus versos. Retornou para Minas Gerais, exercendo a função de juiz em Conceição do Serro e, mais tarde, em Mariana. Casou-se com uma jovem de dezessete anos, Zenaide, com quem teve quatorze filhos e com quem encaramujou-se na vida privada, ao ponto de morrer praticamente na obscuridade, às vésperas da Semana de Arte Moderna.

OBRAS PRINCIPAIS: Setenário das dores de Nossa Senhora (1899), Dona mística (1889), Câmara ardente (1899), Kyriale (1902)

Mineiro, passado quase toda a sua vida nas cidades barrocas e decadentes da região aurífera, Alphonsus de Guimarães sofreu as influências ambientais dessas cidades, povoadas apenas, no dizer de Roger Bastide, "de sons e sinos, de velhas deslizando pelos becos silenciosos, de vultos que se escondem à sombra das muralhas. Cidades de brumas, conhecendo as mesmas existências cinzentas e os mesmos fantasmas noturnos: donzelas solitárias, vestidas de luar." Sua poesia gira em torno de pouco assuntos:

* a morte da amada
* a religiosidade litúrgica


CRUZ E SOUSA (1861 - 1898)

João da Cruz e Souza nasceu em Desterro (hoje Florianópolis), filho de escravos libertos pelo marechal Guilherme de Souza, que adotou o menino negro e ofereceu-lhe a chance de estudar com os melhores professores de Santa Catarina. Foi seu mestre, inclusive, o sábio alemão Fritz Müller, correspondente de Darwin. Apesar da morte de seu protetor, conseguiu terminar o nível intermediário e, com pouco mais de dezesseis anos, tornou-se professor particular e militante da imprensa local. Aos vinte anos, seguiu com uma companhia teatral por todo o Brasil, na condição de "ponto". Durante estas viagens entregou-se à conferências abolicionistas.

Em 1883, foi nomeado promotor público em Laguna, no sul da província, mas uma rebelião racista na pequena cidade, impediu-o de assumir o cargo, embora esta história seja contestada por algumas fontes.
Voltou a viajar e a cada regresso sentia a ampliação do preconceito de cor. Mudou-se então, definitivamente para o Rio de Janeiro. Lá se casaria com uma moça negra (Gavita) e conseguiria modesto emprego de arquivista na Central do Brasil, já no ano de 1893. Às inúmeras dificuldades financeiras somavam-se o desprezo dos intelectuais da época, que viam nele apenas um "negro pernóstico", o período de loucura mansa vivido pela esposa, durante seis meses, e a tuberculose que atacou toda a sua família: ele, a mulher e os quatro filhos. Numa carta ao amigo e protetor, Nestor Vítor, deixou registrado seu infortúnio:
"Há quinze dias tenho uma febre doida... Mas o pior, meu velho, é que estou numa indigência horrível, sem vintém para remédios, para leite, para nada! Minha mulher diz que sou um fantasma que anda pela casa!"
Este mesmo amigo providenciou uma viagem do poeta à região serrana de Minas Gerais, em busca de paliativo para a doença. Mal chegando lá, Cruz e Sousa piorou e faleceu na mais absoluta solidão. Três anos após - já tendo enterrado dois filhos - Gavina também desapareceria por causa da tuberculose. O terceiro filho morreria em seguida. O último, vitimado pela mesma moléstia, desapareceria em 1915. A família estava extinta numa terrível tragédia humana.


OBRAS PRINCIPAIS: Broquéis (1893) - Missal (1893) - Evocações (1899) - Faróis (1900) Últimos sonetos (1905)

A obra de Cruz e Sousa é a mais brasileira de um movimento que foi, entre nós, essencialmente europeu. Nela opera-se uma tentativa de síntese entre formas de expressão prestigiadas na Europa e o drama espiritual de um homem atormentado social e filosoficamente. O resultado passa, às vezes, por poemas obscuros e verborrágicos, mas na maioria dos casos, a densidade lírica e dramática do "Cisne Negro" atinge um nível só comparável ao dos grandes simbolistas franceses. O primeiro aspecto que percebemos em sua poética é a linguagem renovadora.

O Simbolismo no Brasil

Europa e o Touro, 1869. Aquarela do pintor simbolista Gustave Moreau.

CONTEXTO CULTURAL

O Simbolismo no Brasil é um movimento que ocorre à margem do sistema cultural dominante. Seu próprio desdobramento aponta para províncias de escassa ressonância: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É como se o gosto dos poetas da escola por neve e névoas, outonos e longos crepúsculos exigisse regiões frias e nebulosas.
Há quase um fatalismo geográfico: Alphonsus de Guimaraens produz seus textos nas cidades montanhosas e fantasmagóricas de Minas Gerais. No Rio de Janeiro, de grandes sóis e clima tropical, o agrupamento simbolista, mesmo com o reforço de Cruz e Sousa - que emigrara da antiga cidade do Desterro (hoje Florianópolis) - acaba sufocado pela luz, pelo calor e pela onda parnasiana.
Os adeptos da nova estética tornam-se alvo de zombarias, quando não de desprezo. A maioria dos críticos não os compreende e o público leitor mostra-se indiferente ou hostil frente aquela poética aristocrática, complicada, pretensiosa. Somente depois do triunfo modernista, alguns desses poetas seriam revalorizados.
Não se pense contudo que a marginalidade simbolista implica numa mudança das relações de dependência entre os letrados brasileiros e os valores europeus. A exemplo dos parnasianos - e às vezes é difícil identificar diferenças poéticas entre ambos - os simbolistas transplantam uma cultura que pouco tem a ver com a realidade local. Daí resulta uma poesia freqüentemente distanciada tanto do espaço social quanto do jeito íntimo de ser brasileiro. Um pastiche dos "padrões sublimes da civilização".
Outra vez estamos diante do velho sonho colonizado: reproduzir aqui os modelos recentes da arte européia. A grande exceção neste contexto parece ser a obra de Cruz e Sousa, embora outros poetas do período tenham deixado criações isoladas de relativo interesse e qualidade.
As primeiras experiências de acordo com os novos preceitos são realizadas por Medeiros e Albuquerque, a partir de 1890. Porém, os textos que verdadeiramente inauguram o Simbolismo pertencem a Cruz e Souza que, em 1893, lança duas obras renovadoras: Broquéis e Missal. A primeira compõe-se de poemas em versos e a segunda de poemas em prosa.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/literatura/simbolismo/simbolismo_7.htm

Sugestão de Leitura


O Parnasianismo, em seu país de origem, a França, pretendeu reagir à subjetividade romântica e, buscando o máximo de objetividade, aproximou a poesia da escultura, com o culto à forma, e a exaltação da beleza da rima e do verso perfeitamente cinzelado, chegando mesmo à chamada impassibilidade.
Este livro reúne os seguintes autores do Parnasianismo:
Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho, Luís Delfino, Luís Guimarães, B. Lopes, Artur Azevedo, Augusto de Lima, Francisca Júlia da Silva, Guimaraens Passos, Emílio de Menezes, Júlia Cortines, João Ribeiro, Magalhães de Azevedo, Martins Fontes, Humberto de Campos e Olegário Mariano.

TÍTULO: Parnasianismo
COLEÇÃO: Roteiro da Poesia Brasileira
ANO EDIÇÃO: 2006
EDITORA: Global
ORGANIZADOR: Sânzio de Oliveira

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A Tríade Parnasiana no Brasil

Da esquerda para a direita: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac
Principais Autores


OLAVO BILAC (1865-1918)


Nasceu no Rio de Janeiro, numa família de classe média. Estudou Medicina e depois Direito, sem se formar em nenhum dos cursos. Jornalista, funcionário público, inspetor escolar, secretário do prefeito do Distrito Federal, exerceu constante atividade republicana e nacionalista, realizando pregações cívicas em todo o país, inclusive pelo serviço militar obrigatório. Era um exímio conferencista e representou o país em vários encontros diplomáticos internacionais. Foi coroado como "príncipe dos poetas brasileiros", encarnando a liderança do grupo parnasiano. Por isso, ingressou na Academia de Letras, na condição de fundador. Paralelamente, teve certas veleidades boêmias e estas inclinações noturnas não deixaram de escandalizar e, ao mesmo tempo, fascinar a época.

OBRAS
Poesias (Reunião dos livros Panóplias, Via-láctea e Sarças de fogo -1888) e Tarde (1918)

A melhor definição de Olavo Bilac é feita por Antonio Candido: "admirável poeta superficial". Poucos escritores no país merecem um conceito tão surpreendente. Admirável ele é porque soube valorizar a profissão de homem de letras, transformando-a, conforme suas próprias palavras em "um culto e um sacerdócio". Admirável é também a sua habilidade técnica que o leva a versificar com meticulosa precisão: parece que jamais erra métrica ou rima. "Todas as suas emoções eram já metrificadas com exatidão e rimadas com abundância", diz Mário de Andrade. Admirável, por fim, são os inúmeros sonetos que rompem com os mitos da impassibilidade e da objetividade absoluta - indicando uma herança romântica da qual o poeta não pode ou não quer se livrar. Superficial nele são os quadros históricos e mitológicos, o erotismo de salão, as miniaturas descritivas e o nacionalismo ufanista. Os temas, em geral, não estão à altura do domínio técnico e dos recursos de linguagem. Como acentua o próprio Antonio Candido, o poeta transforma tudo, o drama humano e a natureza, em "espetáculo", em coisa, em matéria-prima dos recursos esculturais do verso. Com algumas exceções, seus poemas nada aprofundam e ainda passam uma sensação de frieza.

Podemos indicar os seguintes assuntos como dominantes em sua poética:

* a Antigüidade greco-romana
* a temática da perfeição
* o lirismo amoroso
* o reflexão existencial
* o nacionalismo ufanista

Alguns poemas de Olavo Bilac:

RAIMUNDO CORREIA (1859-1911)


Nasceu no Maranhão e formou-se advogado, em São Paulo. Trabalha no interior do Rio de Janeiro como magistrado e, em Ouro Preto, como secretário de Finanças. Passa em seguida para a diplomacia, trabalhando em Lisboa. Volta mais tarde à antiga capital federal , onde mais uma vez exerce a magistratura. Morre, com cinqüenta e dois anos, em Paris, onde fazia um tratamento de saúde.


OBRAS PRINCIPAIS:
Sinfonias (1883) e Aleluias (1891)

A exemplo dos demais componentes da tríade parnasiana, Raimundo Correia foi um consumado artesão do verso, dominando com perfeição as técnicas de montagem e construção do poema. Alguns críticos valorizam nele o sentido plástico de suas descrições da natureza. O gelo descritivista da escola seria quebrado por uma emoção genuína - fina melancolia - que humanizava a paisagem, como se pode visualizar no excerto abaixo:

Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol...Aves bandos destacadas
Por céus de oiro e de púrpura raiados
Fogem...Fecha-se a pálpebra do dia...
Delineiam-se, além da serraria,
Os vértices da chama aureolados.
E em tudo, em torno, esbatem derramados
Uns tons suaves de melancolia...

Alguns poemas de Raimundo Correia: http://www.secrel.com.br/jpoesia/raimun.html

ALBERTO DE OLIVEIRA (1857-1937)

Nasceu no interior do Rio de Janeiro e formou-se em Farmácia. Exerceu várias funções públicas, entre as quais o magistério e tornou-se um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Sua lírica descritivista e convencional lhe garantiu um lugar no gosto médio da época, substituindo Olavo Bilac na condição de "príncipe dos poetas brasileiros", em 1924, quando o Parnasianismo já fora destruído pelas novas elites artísticas do país. Morreu em Niterói, aos oitenta anos.

OBRAS PRINCIPAIS: Meridionais (1884) Versos e Rimas (1895) O livro de Ema (1900)

Entre todos os parnasianos é o que mais permanece atado aos rigorosos padrões do movimento. Manipula os procedimentos técnicos de sua escola com precisão, mas essa técnica ressalta ainda mais a pobreza temática, a frieza e a insipidez de uma poesia hoje ilegível. Alfredo Bosi acentua que o criador de Vaso grego sonha em desfazer-se de todos os compromissos com a realidade. Na década de 1920, Mário de Andrade já havia escrito que o único problema de Alberto de Oliveira era o não ter nada para dizer, e que uma lágrima de qualquer poema de Goethe possuía mais lirismo que a obra completa desse parnasiano menor. Confirmando a justiça desses julgamentos, pouco encontramos em Alberto de Oliveira além de poemas que reproduzem mecanicamente a natureza e objetos decorativos. Enfim, uma poesia de rimas exatas e métrica correta. Uma poesia sobre coisas inanimadas. Uma poesia tão morta como os objetos descritos.

Vaso grego é a tradução desta mediocridade:

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos
que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a,
às bordasFinas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

Alguns poemas de Alberto de Oliveira: http://www.secrel.com.br/jpoesia/ao.html

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/literatura/capa.htm

quarta-feira, 11 de junho de 2008


Parnasianismo no Brasil


Um breve histórico sobre o Parnasianismo


Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos. Na prosa, surgiu o Realismo/Naturalismo e na poesia, o Parnasianismo e Simbolismo. Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc.) esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais.
A inspiração nos modelos clássicos, ajudaria a combater as emoções e fantasias exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio e o rigor na forma que desejavam. Desde a década de 1870, as idéias parnasianas já estavam sendo divulgadas. No final dessa década, o jornal carioca “Diário do Rio de Janeiro” publicou uma crônica em versos que ficou conhecida como “Batalha do Parnaso”. De um lado, os adeptos do Realismo e Parnasianismo, e, de outro, os seguidores do Romantismo. Como conseqüência, as idéias parnasianas e realistas foram amplamente divulgadas nos meios artísticos e intelectuais do país. O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.

Características do Parnasianismo

* preocupação formal;
* comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura;
* referências a elementos da mitologia grega e latina;
* preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens);
* enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas) ;
* habilidade na criação dos versos;
* vocabulário culto;
* objetivismo;
* universalismo;
* apego à tradição clássica.